O câncer infantil, apesar de menos frequente do que em adultos, é uma doença que exige atenção especial. Enquanto os tumores em adultos geralmente estão ligados a fatores ambientais e hábitos de vida, como tabagismo e alimentação, os cânceres pediátricos costumam ter origem em mutações genéticas espontâneas, muitas vezes sem causa identificável.
Além de serem mais raros, os tumores infantis também tendem a se desenvolver rapidamente. Isso ocorre porque as células das crianças estão em constante multiplicação para o crescimento e desenvolvimento do organismo. Essa alta taxa de divisão celular pode favorecer a progressão acelerada de células cancerígenas, tornando o diagnóstico precoce fundamental para aumentar as chances de cura.
Embora existam diversos tipos de câncer infantil, alguns são mais comuns. A seguir, conheça os três principais e saiba como identificá-los.
01. Leucemia
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a leucemia é o segundo tipo de câncer mais comum na infância, correspondendo a cerca de 30% dos casos. A doença é um tipo de câncer que afeta o sangue e a medula óssea, onde são produzidas as células sanguíneas. A produção anormal de leucócitos (glóbulos brancos) compromete a capacidade do organismo de combater infecções.
Sintomas mais comuns:
- Cansaço excessivo e palidez;
- Febre persistente sem causa aparente;
- Manchas roxas na pele ou sangramentos fáceis;
- Infecções frequentes;
- Inchaço nos linfonodos, fígado ou baço;
Como é feito o tratamento?
O tratamento da leucemia infantil envolve principalmente quimioterapia para destruir as células cancerosas e, em casos graves, pode incluir transplante de medula óssea. Terapias mais recentes, como imunoterapia e terapia alvo, também são utilizadas para combater as células leucêmicas. O plano de tratamento é personalizado e tem melhorado significativamente as taxas de sobrevivência.
02. Tumores do Sistema Nervoso Central (SNC)
A causa exata dos tumores cerebrais em crianças é frequentemente desconhecida, sendo considerada multifatorial. Fatores de risco como predisposição genética (síndromes hereditárias como neurofibromatose e síndrome de Li-Fraumeni) e exposição à radiação ionizante são apontados como possíveis contribuintes.
É importante frisar que os tumores cerebrais podem se desenvolver em qualquer tipo de tecido ou célula do cérebro e da medula espinhal, e os sintomas varia
Sinais clássicos de alerta:
- Dores de cabeça frequentes;
- Enjoos e vômitos sem causa aparente;
- Dificuldade para andar ou se equilibrar;
- Alterações no comportamento ou na fala;
- Problemas de visão;
Tratamento e acompanhamento
O tratamento depende do tipo e da localização do tumor. As opções incluem:
- Cirurgia, para remover o tumor sempre que possível;
- Radioterapia, usada para destruir as células cancerosas remanescentes;
- Quimioterapia, para casos em que a cirurgia não é viável. O acompanhamento médico constante é essencial para minimizar possíveis sequelas neurológicas.
03. Linfoma
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), os linfomas são o tipo de câncer mais comum na infância, representando cerca de 35% dos casos. Essa doença afeta o sistema linfático, que desempenha um papel fundamental na defesa do organismo. Embora a causa exata dos linfomas em crianças ainda não seja totalmente conhecida, acredita-se que seja resultado de uma combinação de fatores genéticos e ambientais. Algumas crianças podem ter uma predisposição hereditária, enquanto outras podem desenvolver a doença devido a infecções virais ou outros fatores externos.
Principais sintomas:
- Inchaço dos linfonodos (gânglios) no pescoço, axilas ou virilha;
- Suor noturno excessivo;
- Febre persistente;
- Perda de peso sem explicação;
- Fadiga constante;
Tratamento do linfoma
O tipo de tratamento varia conforme o tipo e o estágio do linfoma. As opções incluem:
- Quimioterapia, que é o tratamento principal na maioria dos casos;
- Radioterapia, utilizada em casos específicos;
- Transplante de medula óssea, em situações mais graves. O diagnóstico precoce é essencial para aumentar as chances de sucesso no tratamento.
A importância de falar sobre o câncer infantil
Falar sobre o câncer infantil é essencial para conscientizar a sociedade sobre a importância do diagnóstico precoce e do acesso a tratamentos adequados. Conhecer os sintomas e os tipos mais comuns da doença permite que pais e responsáveis identifiquem sinais de alerta rapidamente, garantindo que as crianças recebam a assistência necessária o mais cedo possível.
A divulgação do tema também incentiva investimentos em pesquisas e melhorias nos protocolos de tratamento, aumentando as chances de cura e a qualidade de vida dos pequenos pacientes.
Pais e responsáveis devem estar atentos a qualquer alteração inesperada na saúde da criança e buscar avaliação médica quando necessário, pois a identificação rápida dos sinais e sintomas pode fazer toda a diferença no tratamento e nas chances de cura.
Se você precisa de orientação especializada, a Don Saúde pode auxiliar no agendamento de consultas com profissionais capacitados para oferecer o melhor atendimento aos pequenos. Em caso de suspeita, procure um pediatra ou especialista em oncologia pediátrica para um diagnóstico preciso e um plano de tratamento individualizado.
Lembre-se: A informação contida neste artigo tem caráter informativo e não substitui a consulta médica.
Fonte: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2023/fevereiro/cancer-infantil-conheca-os-sinais-de-alerta-e-os-tratamentos-ofertados-pelo-sus | https://pequenoprincipe.org.br/noticia/linfoma-e-o-terceiro-tipo-de-cancer-mais-comum-na-infancia/ | https://www.oncoguia.org.br/conteudo/sinais-e-sintomas-da-leucemia-em-criancas/3901/602/ | https://www.oncoguia.org.br/conteudo/sinais-e-sintomas-dos-tumores-cerebrais-em-criancas/4112/596/