As unhas têm um papel fundamental como indicadores de problemas de saúde, refletindo condições internas e externas que variam desde deficiências nutricionais até doenças mais graves e reações a tratamentos intensivos. A quimioterapia, por exemplo, pode causar efeitos colaterais como alterações na matriz da unha, levando a mudanças na sua estrutura e aparência. Além disso, condições como desnutrição, imunossupressão e efeitos secundários de medicamentos podem afetar diretamente o crescimento e a saúde das unhas, tornando-as mais suscetíveis a quebras, descamação e alterações na textura e cor.
Efeitos colaterais nas unhas
A quimioterapia visa eliminar todas as células que estão se dividindo rapidamente, como as células do câncer. Nesse processo, o tratamento também pode afetar outras células, provocando alterações como o enfraquecimento das unhas.
Conheça algumas das manifestações mais comuns da quimioterapia nas unhas:
- As unhas podem escurecer, ficar mais amareladas ou apresentar manchas escuras.
- Propensão a quebras e descamação.
- Crescimento irregular ou lento.
- A quimioterapia pode aumentar o risco de infecções nas unhas ou ao redor delas.
- Inflamação na ponta dos dedos, com dor, inchaço e vermelhidão, que podem levar ao encravamento e até mesmo à perda da unha.
É importante destacar que, geralmente, as alterações nas unhas não são permanentes nem graves, retornando ao estado normal alguns meses após o término do tratamento.
Como deve ser feito o cuidado?
Muitas pessoas associam os cuidados com as unhas à estética de forma pejorativa, negligenciando que suas alterações durante períodos de fragilidade também podem impactar negativamente a autoconfiança dos pacientes, agravando a situação clínica.
“As pacientes querem manter a sua vaidade e, muitas vezes, ficam na dúvida sobre o que é permitido e o que não é. Uma pergunta muito frequente é: ‘Doutora, posso cuidar das minhas unhas? Posso pintá-las durante o tratamento de quimioterapia?’ A resposta é sim, pode manter sua vaidade, suas unhas lindas, não tem problema nenhum”, aponta a Dra. Letícia Aguiar, médica especializada em dermatologia oncológica.
Como os efeitos do tratamento podem variar de pessoa para pessoa, é importante conversar com seu médico sobre como seu corpo está reagindo ao tratamento e buscar a orientação de um dermatologista especializado na área. A Dra. Letícia Aguiar faz uma ressalva importante relacionada ao que se deve evitar durante os cuidados com as unhas: tirar a cutícula.
“O que eu peço sempre para minhas pacientes é evitarem retirar as cutículas, porque a cutícula é a proteção da unha, o que vai mantê-la forte. Muitas vezes, ao cortá-las, acabamos machucando, então evite ao máximo. Se possível, use cremes amolecedores, que são menos traumáticos do que o alicatinho”, explica a médica. Nesse período, o sistema imunológico sofre uma queda e o corpo fica mais vulnerável a fungos e bactérias.
Confira algumas recomendações
- Mantenha as unhas bem cortadas e lixadas.
- Não remova as cutículas.
- Não compartilhe objetos, seja em casa ou na manicure. Opte por objetos descartáveis ou esterilize-os sempre antes do uso.
- Prefira removedores de esmalte em vez de acetona.
- Recomenda-se o uso de esmaltes hipoalergênicos.
- Sempre seque muito bem as mãos e os pés.
Para mais informações, agende uma consulta com um dermatologista oncológico. A Don Saúde facilita seu contato com médicos da área de forma simples e acessível. Entre em contato e saiba mais.
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Lembre-se: A informação contida neste artigo tem caráter informativo e não substitui a consulta médica.