A tuberculose (TB) é uma infecção causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, que afeta principalmente os pulmões, mas pode se espalhar para outros órgãos. Ela pode se manifestar de duas formas: latente e ativa, e entender a diferença entre elas é essencial para o diagnóstico e tratamento adequados.
Tuberculose Latente
Na tuberculose latente, a bactéria entra no corpo e permanece inativa, sem causar sintomas. A infecção pode ser reativada caso o sistema imunológico enfraqueça, em situações como doenças crônicas ou uso de medicamentos imunossupressores. Embora a pessoa não apresente sintomas e não seja contagiosa, a bactéria pode se tornar ativa no futuro.
Fatores de risco para tuberculose latente incluem:
- Contato próximo com indivíduos com tuberculose ativa.
- Sistema imunológico enfraquecido (como em pacientes com HIV/AIDS ou transplantados).
- Uso de drogas injetáveis.
- Profissionais de saúde e pessoas em ambientes de alto risco (prisões, abrigos para sem-teto).
Diagnóstico:
- Teste tuberculínico (TST): avalia a reação alérgica após a aplicação de tuberculina na pele.
- Teste de liberação de interferon-gama (IGRA): exame de sangue que mede a resposta imunológica à bactéria.
Embora assintomática, a tuberculose latente precisa de monitoramento para evitar que se torne ativa, especialmente em indivíduos com maior risco.
Tuberculose Ativa
A tuberculose ativa ocorre quando a bactéria se multiplica, causando sintomas como tosse persistente, febre baixa, suores noturnos, perda de peso inexplicável, fadiga e dor no peito. A infecção pode se espalhar para outros órgãos, além dos pulmões, causando formas extrapulmonares, como nos rins, ossos e sistema nervoso. A tuberculose ativa é altamente contagiosa e pode ser transmitida por gotículas respiratórias.
Diagnóstico:
- Teste de cultura de escarro: identifica a bactéria e testa sua sensibilidade aos medicamentos.
- Radiografia de tórax: detecta lesões pulmonares.
- Tomografia computadorizada: avalia mais detalhadamente o comprometimento pulmonar.
- Teste tuberculínico (TST) ou IGRA: confirma a infecção pela bactéria.
A tuberculose ativa exige tratamento imediato com antibióticos por pelo menos seis meses para evitar resistência medicamentosa.
Diferenças entre Tuberculose Latente e Ativa

Prevenção e tratamento
A tuberculose latente pode ser tratada com medicamentos como a isoniazida para evitar que se torne ativa. A tuberculose ativa requer antibióticos combinados por um período de seis meses ou mais. Outras formas, como a tuberculose extrapulmonar e a resistente a medicamentos (TB-MDR), exigem abordagens mais específicas.
Prevenção:
- Vacinação: a BCG é recomendada para recém-nascidos em áreas com alta prevalência de TB, embora sua eficácia na prevenção da TB pulmonar em adultos seja limitada.
- Controle da infecção: medidas como ventilação adequada e uso de equipamentos de proteção são essenciais em ambientes de alto risco.
- Teste e tratamento de contatos: pessoas que tiveram contato com pacientes com TB ativa devem ser testadas e, se necessário, tratadas.
Outras manifestações da Tuberculose
A tuberculose extrapulmonar afeta outros órgãos e exige diagnóstico específico, frequentemente com coleta de amostras de tecido ou líquido. A tuberculose resistente a medicamentos (TB-MDR) requer tratamentos mais longos e com medicamentos de segunda linha, sendo mais difícil de tratar.
A tuberculose latente e ativa são condições sérias que requerem atenção e diagnóstico adequados. Se você tem fatores de risco ou está preocupado com sua saúde respiratória, a Don Saúde oferece consultas médicas especializadas para diagnóstico e acompanhamento de doenças respiratórias, como a tuberculose.
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Lembre-se: A informação contida neste artigo tem caráter informativo e não substitui a consulta médica.