Também conhecida como cálculo na vesícula, cálculo biliar ou colelitíase, essa condição é caracterizada pela formação de depósitos sólidos, chamados de cálculos biliares, dentro da vesícula biliar, o que pode causar efeitos adversos à saúde.
Localizada no sistema digestivo, a vesícula biliar é um pequeno órgão em forma de “saco” situado abaixo do lobo direito do fígado. Ela é responsável por armazenar a bile, um líquido composto por diversas substâncias, como água, sais biliares e colesterol. A bile é produzida pelo fígado para realizar a digestão dos alimentos, principalmente na quebra de gorduras e absorção de nutrientes. Cerca de 75% dos casos de cálculo biliar são causados pelo acúmulo de colesterol na vesícula.
Principais Sintomas
Existem casos em que o cálculo na vesícula pode ser assintomático, enquanto outras pessoas podem sentir dores intensas. “Os sintomas são: dor no hipocôndrio direito, que pode estar associada a náusea, vômito e diarreia”, explica o Dr. Marcelo Surjus, médico cirurgião do aparelho digestivo. A dor tende a aparecer alguns minutos após a ingestão de alimentos gordurosos, apresentando um pico de intensidade que depois diminui.
Fatores de risco
“A doença é muito prevalente, entre 20% a 40% das pessoas desenvolvem a condição”, aponta o especialista. Os cálculos podem estar associados a uma série de fatores, como:
- Colesterol LDL elevado
- Sedentarismo
- Diabetes
- Perda rápida de peso (como em casos de cirurgia bariátrica)
- Pressão alta
- Uso prolongado de anticoncepcionais
- Predisposição genética
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico pode ser feito por meio de um ultrassom de abdome. O resultado identifica o tamanho e a quantidade dos cálculos, que podem variar de um único cálculo a uma série de pequenos cálculos. Segundo o médico, a melhor forma de tratamento é a intervenção cirúrgica para a remoção das pedras ou, em casos específicos, a remoção total da vesícula. “[…] o tratamento definitivo é feito pela colecistectomia, retirada da vesícula, que pode ser feita por via aberta ou minimamente invasiva, por videolaparoscopia.” Para compreender qual é a melhor alternativa para o seu caso, é necessário consultar um médico especialista para a indicação do melhor tratamento.
É possível viver bem sem a vesícula biliar
A vesícula tem um papel importante no processo de digestão, mas o corpo é capaz de se adaptar à sua remoção. Após a retirada do órgão, que tende a ser um procedimento tranquilo e de recuperação rápida, a maioria dos pacientes continua a ter uma vida normal. Algumas pessoas podem sentir alterações na digestão de alimentos gordurosos durante o período de adaptação. Por isso, é recomendado que, após a remoção da vesícula, o paciente siga uma dieta mais equilibrada e adote um estilo de vida mais saudável como um todo.
Qual é a diferença entre pedra nos rins e pedra na vesícula?
A única semelhança entre as duas doenças é o nome e o fato de provocarem muita dor na região da barriga durante o deslocamento das “pedras”. O cálculo renal ocorre no sistema urinário, ou seja, nos rins, ureteres, bexiga ou uretra. Já o cálculo biliar afeta o sistema biliar, vesícula biliar, ductos císticos, hepáticos e colédoco. Ambas são caracterizadas por dores muito fortes, mas a complicação mais comum do cálculo renal é a infecção urinária, que não aparece no caso do cálculo biliar. O local da dor também pode diferenciar a causa: enquanto a cólica biliar pode ser sentida frequentemente na parte da frente do abdome e do lado direito do corpo, a dor da cólica renal é sentida na parte das costas, na área do corpo em que o cálculo está em movimento, podendo irradiar para a região genital.
Recomendações
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Lembre-se: A informação contida neste artigo tem caráter informativo e não substitui a consulta médica.