A psoríase é uma doença inflamatória crônica da pele, caracterizada pelo crescimento acelerado das células cutâneas. Esse processo provoca o acúmulo de células na superfície, formando as típicas placas vermelhas e escamosas. A condição afeta cerca de 2% a 3% da população mundial e é mais comum entre os 15 e 35 anos.
A predisposição genética desempenha um papel significativo, com cerca de 30% dos casos apresentando histórico familiar. Isso significa que a psoríase pode ser transmitida entre gerações. Embora sua causa exata ainda não seja totalmente compreendida, acredita-se que seja resultado de uma combinação de fatores genéticos e ambientais.
O sistema imunológico também tem um papel importante: em pessoas com psoríase, ele envia sinais que fazem as células da pele se multiplicarem muito mais rápido que o normal, levando ao surgimento das lesões características.
O que desencadeia?
A psoríase pode ser desencadeada por diversos fatores, e muitas vezes é uma combinação deles que provoca uma crise. Aqui estão alguns dos principais desencadeadores:
- Estresse emocional: um dos principais gatilhos, o estresse pode piorar os sintomas.
- Infecções: infecções bacterianas e virais podem ativar a resposta autoimune.
- Ferimentos na pele: cortes, queimaduras ou até mesmo picadas de insetos podem levar ao surgimento das lesões.
- Mudanças climáticas: climas frios e secos podem agravar os sintomas.
- Uso de medicamentos: alguns remédios, como betabloqueadores, podem provocar ou piorar a psoríase.
Quais são os sintomas?
Os sintomas da doença podem variar bastante entre as pessoas, tanto em intensidade quanto em tipo. Aqui estão alguns dos sintomas mais comuns:
- Placas vermelhas com escamas prateadas: essas lesões são as características mais visíveis da psoríase, formadas pelo acúmulo rápido de células da pele.
- Coceira e dor: a irritação na pele pode ser intensa, causando desconforto constante.
- Rachaduras e sangramentos na pele: em casos mais graves, a pele pode rachar e sangrar, especialmente em áreas de flexão e atrito.
- Unhas espessas e deformadas: a psoríase pode afetar as unhas, tornando-as frágeis, espessas ou com pequenas depressões.
Esses sintomas podem aparecer de forma cíclica, com períodos de melhora seguidos por surtos. Se notar esses sintomas, é importante procurar um dermatologista para um diagnóstico e tratamento adequados.
Tipos mais comuns de psoríase
A psoríase apresenta diversas formas, cada uma com suas características específicas. As mais comuns são:
- Psoríase em placas: é a forma mais conhecida e frequentemente encontrada. Caracteriza-se por placas avermelhadas e bem delimitadas, cobertas por escamas prateadas. Acomete com frequência cotovelos, joelhos, couro cabeludo e tronco.
- Psoríase do couro cabeludo: acomete o couro cabeludo, causando coceira intensa e descamação. As lesões podem variar de pequenas manchas avermelhadas a placas espessas e amareladas.
- Psoríase ungueal: afeta as unhas, causando espessamento, descolamento, manchas e ondulações. Pode ocorrer em conjunto com a psoríase em outras partes do corpo.
- Psoríase gutata: caracterizada por pequenas pápulas avermelhadas, semelhantes a gotas, que surgem após uma infecção, como faringite estreptocócica.
- Psoríase inversa: afeta áreas de dobras da pele, como axilas, virilhas e abaixo dos seios. As lesões são lisas, avermelhadas e úmidas.
- Psoríase pustulosa: caracterizada pelo aparecimento de pústulas (pequenas bolhas cheias de pus) sobre as lesões. A psoríase pustulosa generalizada é uma forma grave da doença, que pode causar febre e mal-estar generalizado.
É importante ressaltar que existem outros tipos de psoríase, menos comuns, e que um indivíduo pode apresentar mais de um tipo ao mesmo tempo.
Impacto na qualidade de vida
A psoríase vai além dos sintomas físicos, afetando também o lado emocional e psicológico dos pacientes. O impacto da doença na autoestima e no bem-estar pode ser significativo. Muitas pessoas com psoríase relatam ansiedade, depressão e isolamento social devido à aparência das lesões, especialmente quando a doença atinge partes visíveis do corpo. O estigma e a falta de compreensão sobre a doença podem agravar esses sentimentos, aumentando o estresse e criando um ciclo difícil de romper.
Tratamento da psoríase
O tratamento da psoríase visa controlar os sintomas, reduzir a inflamação e melhorar a qualidade de vida do paciente. É importante ressaltar que não existe cura para a psoríase, mas com o tratamento adequado é possível controlar os surtos e manter a doença sob controle.
As opções de tratamento variam de acordo com a gravidade da doença, a extensão das lesões e as características individuais de cada paciente. O dermatologista é o profissional mais indicado para avaliar o caso e indicar o tratamento mais adequado.
- Medicamentos tópicos;
- Fototerapia;
- Medicamentos sistêmicos;
- Mudanças no estilo de vida.
Prevenção e cuidados
Algumas medidas podem ajudar a prevenir crises e controlar os sintomas. Manter a pele hidratada com o uso diário de hidratantes é essencial. É importante identificar e evitar os fatores que desencadeiam as crises, como estresse, infecções e irritantes. Uma dieta equilibrada, rica em frutas, verduras e legumes, pode ajudar a fortalecer o sistema imunológico. Consultas regulares com o dermatologista são essenciais para ajustar o tratamento e monitorar a evolução da doença. A terapia psicológica também pode ser benéfica para lidar com os aspectos emocionais da doença.
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Lembre-se: A informação contida neste artigo tem caráter informativo e não substitui a consulta médica.
Fonte: https://vidasaudavel.einstein.br/psoriase/ | https://sbd.org.br/doencas/psoriase/ | https://www.gov.br/conitec/pt-br/midias/protocolos/resumidos/20220912_PCDT_Resumido_Psoriase_final.pdf