A Zika é uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, também responsável pela dengue
e chikungunya. Descoberta em 1947 na floresta Zika, em Uganda, a doença chamou a atenção global em 2015, quando foi associada a um aumento de casos de microcefalia em bebês no Brasil.
A transmissão é mais prevalente em regiões tropicais, especialmente durante os meses quentes e chuvosos, de outubro a maio. Nessas condições, o mosquito Aedes aegypti encontra ambientes ideais para se reproduzir, como água parada em vasos de plantas, pneus e caixas d’água.
Principais sintomas
Os sintomas da Zika podem variar de leves a moderados e incluem:
- Febre baixa ou ausente.
- Erupções cutâneas com coceira.
- Conjuntivite.
- Dores musculares e nas articulações.
- Fadiga e mal-estar geral.
A maioria dos casos é leve e pode passar despercebida, mas é importante prestar atenção aos sinais.
Complicações graves
Embora a Zika seja geralmente leve, algumas complicações graves podem ocorrer, especialmente em gestantes. A infecção por Zika durante a gravidez representa um risco elevado para o bebê, podendo causar microcefalia e outras malformações graves. Gestantes devem seguir rigorosamente as medidas preventivas e procurar atendimento médico caso apresentem sintomas.
As mais preocupantes são:
- Síndrome de Guillain-Barré: uma condição neurológica rara que pode causar paralisia temporária.
- Síndrome Congênita do Zika Vírus (SCZ): caracterizada por malformações congênitas, como microcefalia, além de alterações visuais, auditivas e motoras. A infecção durante a gravidez aumenta os riscos dessas complicações no feto.
Como é realizado o diagnóstico?
O diagnóstico da Zika é feito através de exames laboratoriais que identificam o vírus ou os anticorpos gerados pela infecção. Os principais métodos são:
- RT-PCR: detecta o material genético do vírus Zika (RNA) no sangue, urina ou saliva. É o exame mais preciso nos primeiros dias de infecção, especialmente até o 7º dia.
- Testes sorológicos (IgM e IgG): identificam os anticorpos produzidos pelo organismo em resposta à infecção. São úteis para detectar infecções mais antigas, embora possam apresentar reações cruzadas com outros vírus, como o da dengue.
Gestantes devem realizar exames de ultrassom regularmente caso haja suspeita de infecção.
Como evitar o contágio?
A melhor forma de se proteger contra a Zika é evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti e adotar medidas de proteção. Algumas recomendações importantes incluem:
- Eliminar focos de água parada: tampe recipientes, limpe calhas e descarte objetos que acumulem água.
- Usar repelente: aplique nas áreas expostas do corpo, especialmente ao amanhecer e entardecer, quando os mosquitos são mais ativos.
- Instalar telas em portas e janelas: isso ajuda a impedir a entrada de mosquitos em ambientes internos.
- Vacinação: embora ainda não exista uma vacina disponível, pesquisas estão em andamento para o desenvolvimento de uma vacina eficaz contra a Zika.
Tratamento da Zika
Atualmente, não há tratamento específico para a Zika. O tratamento é baseado no alívio dos sintomas, incluindo:
- Hidratação: beber bastante água ajuda a combater a desidratação causada pela infecção.
- Repouso: descansar é fundamental para a recuperação.
- Medicamentos: use medicamentos prescritos pelo médico para aliviar a febre e as dores, evitando aspirina e anti-inflamatórios não esteroides, que podem causar complicações.
Comparação com Dengue e Chikungunya
Embora os sintomas da Zika sejam geralmente mais leves que os da dengue
e chikungunya, suas complicações neurológicas e congênitas, como a microcefalia e a Síndrome de Guillain-Barré, tornam a Zika uma grande preocupação de saúde pública. A dengue, por sua vez, pode causar formas graves com hemorragias e choque, enquanto a chikungunya é conhecida por suas intensas dores articulares, que podem se tornar crônicas. Apesar de compartilharem o mesmo vetor e apresentarem sintomas iniciais semelhantes, cada uma dessas doenças possui características e gravidades distintas, exigindo atenção e medidas preventivas específicas.
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Lembre-se: A informação contida neste artigo tem caráter informativo e não substitui a consulta médica.
Fonte: World Health Organization | Ministério da Saúde | SciELO – Brasil – Síndrome da infecção congênita pelo vírus Zika Síndrome da infecção congênita pelo vírus Zika